terça-feira, 29 de janeiro de 2008

monstros marinhos

Neste fim-de-semana tive uma oportunidade nova: acompanhei de perto uma actividade de dirigentes escutistas, no ramo marítimo. Foi o Indaba Mar. Confesso que nunca tinha tido contacto com o escutismo marítimo. Gostei muito de começar a conhecer um novo «mundo» e, apreciei particularmente o facto de ver alguns temas religiosos com um também novo olhar.
Num dos momentos de oração usámos o salmo 103 (hino ao Deus Criador), onde se lê: «...Eis o mar, grande e largo, onde se agitam inúmeros seres, animais pequenos e grandes. Por ele navegam os barcos, e os monstros marinhos que criastes para brincar sobre as ondas...».
Como é fantástico sair do entorpecimento das coisas quotidianas e ver tudo, de vez em quando, com o olhar novo capaz de ir à essência das coisas!...

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

o empacotamento religioso

Nós últimos 10 anos tenho-me dedicado àquilo a que no escutismo chamamos de «Animação da Fé». Acho uma área muito estimulante e, sobretudo, rica em expressões e acontecimentos. Gosto de desafiar os Animadores nestas questões...
Sucedendo algumas vezes não poder acompanhar todas as etapas de preparação de uma actividade, dou por mim a perguntar aos adultos: «em que medida é que a dimensão da fé está contemplada nas actividades programadas?». Com muita frequência me procuram tranquilizar com a resposta: «não se preocupe que está tudo pensado: temos oração na abertura de campo, oração da manhã ao Domingo, Celebração pelas 15 horas e... claro, cada bando, patrulha e equipa reza sempre antes das refeições!»...
Porque será que esse tipo de resposta em nada me tranquiliza???... (lol)

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

semana de oração pela unidade dos cristãos

Como é do conhecimento geral, todos os anos, de 18 a 25 de Janeiro dedicam-se alguns dias para orar, especialmente, pela unidade dos cristãos...
O tema é complexo... A tentação de abordar a questão de forma simplista, enorme!
No entanto, deixo aqui apenas uma palavra inspiradora: a tradição beneditina continua a usar o sugestivo lema «ora et labora». Ou seja, a oração deve ser complementada com a acção. Não necessariamente o trabalho manual, físico... mas, gestos, atitudes, vida. É muito importante traduzir em gestos fraternos a oração que se dirige ao Pai comum.
Já que os caminhos para a unidade dos cristãos são longos e árduos, do ponto de vista da reconciliação histórica e doutrinal, pelo menos, mudemos algo de concreto na nossa maneira de ver o outro. Se o fizermos, mais uns degraus desta escadaria teremos percorrido...

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

beato Nuno de Santa Maria

Recentemente aprofundei um pouco mais o conhecimento sobre a figura do beato Nuno de Santa Maria. Gostei muito do que fui descobrindo e, ao mesmo tempo, percebi que o nosso CNE tem aqui um tesouro que, na generalidade, não terá ainda explorado devidamente. Várias pessoas me têm recordado que a canonização do beato Nuno está para breve... e isso levanta-me a questão: como poderia o nosso CNE preparar-se devidamente para esse acontecimento esperado?
Aceitam-se sugestões...

oh Sr. Padre... isto é só a gente a cantar...

Um padre amigo meu fez um dia, numa missa, uma eloquente exortação à esperança cristã. Depois disso o coro começou a cantar um cântico antigo em que se diz «...são razões de viver, o que nos falta». O sacerdote interrompeu o cântico com boa disposição e interpelou as pessoas do coro a respeito da incoerência entre o que ele tinha acabado de dizer e o que o texto do cântico afirmava. Levanta-se uma piedosa senhora e diz, com voz apaziguadora: «Oh Sr. Padre... isto é só a gente a cantar...»...